O começo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Toda minha vida tive como fato irrevogável que uma de minhas paixões é escrever.
Lembro-me de imaginar como seria bom escrever um livro e, antes mesmo de aprender o ABC, eu fazia intermináveis rabiscos no papel, imitando uma escrita. E que lindo, que harmônico e calmante era ver aquele desenho! Meu livro...
Assim que me alfabetizei, passei a fazer estórias em quadrinhos e pequenos contos. Alguns gibis em cooperação com meu irmão, cada um tinha seus próprios personagens, que juntávamos numa só aventura. Os desenhos eram relativamente caprichados, tendo em vista quanto podíamos na época, com dez anos de idade, mas me pareceu indispensável então uma máquina de escrever, afim de deixar nossa obra perfeita, podendo catalogá-la mais tarde em nosso clubinho particular dos primos, com sede principal no sítio de meus avós. Assim que tive a idéia, foi apenas uma questão de tempo até o próximo natal...
Minha primeira máquina de escrever... tec... tec... tec..., muitos treinos tec. tec., mais treinos tec, tec, tec, até que tectectec... Eu estava pronta para escrever! Mas... o quê?
Com quatorze anos de idade eu não tinha nem experiências interessantes o suficiente, nem vocabulário para descrever o que eu queria e nem mesmo cabeça para pensar em algo que valesse a pena... Foi nessa idade que surgiu meu primeiro diário, com chave e tudo, mas nem um segredo relevante para ser trancado, como de costume. Eu ansiava por algo digno de um diário trancado.
Veio o colegial, vestibular... o que ser quando crescer?
Engraçado, pensei em tanta coisa, fiz teste vocacional para saber o que eu realmente gostaria de fazer, e os testes sempre revelavam minha vontade do momento... até veterinária saiu num deles... Só pra mim que era assim ou é tão fácil de manipular? Totalmente inútil no meu caso. Não revelou o que eu sabia, mas precisava ver escrito no papel, para ser lembrada: ESCREVER!
Fui parar em Publicidade e Propaganda praticamente na hora de assinalar o curso para concorrer  vaga no vestibular.
Continuei escrevendo diários, dissertações, crônicas... a maioria delas para fazer minha prima dar risada, sobre assuntos banais que líamos e relíamos só pelo prazer de rir. Na verdade, só a Ju acha que tenho todo esse senso de humor, o resto do mundo talvez me achasse louca se tivesse lido, ou até óbvia demais para ser engraçado... mas ela rolava de rir... minha maior platéia.
Logo que terminei a faculdade me apaixonei de tal maneira que não tinha tempo para escrever o que eu vivia. Eu queria viver cada momento intensa e magicamente, ouvir cada batida do meu coração, que agia de modo engraçado e descompassado. Eu respirava e sonhava Zsombor(hoje meu marido).
Em um tempo record de dois meses, eu o conheci, aceitei seu pedido de casamento e fui atrás dele até a Hungria...
Mais momentos mágicos vividos e degustados com todos os meus sentidos. Inalados e gravados com toda clareza de detalhes possível, todo cuidado para não perder absolutamente nada da minha nova realidade, que mais me parecia um sonho. Cores, sons, cheiros se misturavam e embriagávam-me, deixando-me tonta numa dança de informações, que não podiam ser imperceptíveis e muito menos esquecidas. Mas não dava tempo de anotá-las, eu as estava caçando, como se fossem um bando inteiro de pássaros, onde eu não podia deixar escapar um sequer, tinha que seguir seu rastro, sem me dar ao luxo de parar para imortalizá-lo.
Os acontecimentos e fatos importantes me levaram muito longe do caminho original, até então registrado, dez anos a frente, dez anos acumulados, esperando para serem escritos.
Preciso começar imediatamente e nunca mais parar, até que toda a beleza, o sofrimento e a felicidade, tão bem catalogados em minha mente, estejam registrados e lidos, aprendidos e talvez, com muita sorte, decorados, pela maior quantia de pessoas possíveis. Realizando assim o sentido de minha escrita, cumprindo seu papel e imortalizando o que foi importante e mesmo o que foi banal. Ensinando, emocionando, revoltando, ou mesmo caindo no esquecimento de quem não se identificou.
Sou eu de corpo, alma e escrita!







Juliana Says: 



Ah adorei os textos!
Escritos de uma maneira gostosa de ler, super interessantes e reais!!!
Fiquei super curiosa para ler mais....
Ótimos!
Uhuhuuhuhu



Carol Says: 



Ah Ju, você é minha maior torcida e minha auto-estima tem muito para te agradecer. Obrigada por sempre me encorajar!



Daniela Says: 



Carõ, você sempre foi uma pessoa especial e que eu tinha a certeza de que iria "muito longe" por "seus" proprios meritos.Tá certo que você caprichou na distancia geografica, mas sempre acredite que pro seu mundo de conquistas a distancia pode ser sempre infinita!Parabéns pela sua iniciativa.Saudades!! Dani



Francine Says: 



Amei seus textos, vou mostrar para o Leo e passar a ler sempre, acho que isso vai me ajudar a encarar essa nova fase da minha vida, rsss.
Bjinhos



Thay Says: 



Eu precisava comentar seu primeiro post. Até porque creio que aqui começa uma grande amizade. Você escreve com a alma e isso é essencial num grande escritor. Falar sobre a vida é o que mais me encanta e encontrei isso no seu blog. Com certeza serei visita frequente por aqui!rs

Beijinhos



Carol Says: 



Thay, que bom que vc gostou, tb me enco trei nos seus textos e realmente espero que sejamos amigas sim. Beijinhos!


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